Campo Grande (MS) – A Escola Estadual Waldemir Barros da Silva, localizada na Vila Moreninha I, em Campo Grande, realizou nesta quarta-feira (19) a I Feira Científica, Cultural, Artística e Tecnológica (FECCAT), com a participação de estudantes do ensino médio integral, integrado e regular na exposição de 25 trabalhos em temas ligados a Linguagem, Ciências da Natureza e Tecnologia. “Os estudantes pesquisaram, coletaram dados, realizaram entrevistas e estão agora demonstrando o resultado de seus projetos”, explicou a coordenadora pedagógica Eliana Prado.
A coordenadora Eliana, com a camiseta da FECCAT.
A FECCAT, realizada com o objetivo de desenvolver atividades científicas na educação básica, além de contribuir com o desenvolvimento de projetos de iniciação científica, despertou o interesse da estudante Ana Gabriela Dias Vilhalva, do 1º ano B, por alimentos mais saudáveis. “Meu grupo fez um levantamento estatístico sobre práticas esportivas e problemas de saúde na região das Moreninhas. Uma boa alimentação, uma boa qualidade de vida e a prática de exercícios nos trazem benefícios e evitam doenças e, através deste trabalho, entendi que preciso reeducar minha alimentação e mudar alguns hábitos”, destacou a estudante.
Educação Integral em Tempo Integral
A EE Waldomir Barros da Silva faz parte da “Educação Integral de Tempo Integral”, metodologia implantada pela Secretaria de Estado de Educação (SED), inicialmente em duas escolas de Campo Grande, com objetivo de estabelecer uma concepção pedagógica voltada à ampliação de oportunidades de aprendizagem para além da simples ação de ampliação do tempo na escola, com intuito de garantir a qualidade e a equidade na aprendizagem dos estudantes da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul.
A Educação Integral em Tempo Integral ocorre em turno único, com jornada escolar de, no mínimo, 7 horas de trabalho escolar diário e cumprimento de 200 dias letivos, com foco na aprendizagem da educação científica com a utilização de um princípio educativo claramente estabelecido e que norteia todas as ações desenvolvidas: o educar pela pesquisa. A carga horária semanal dos professores contempla formação continuada, planejamento individual e coletivo e sessão de estudos.
Motivada, Ana Gabriela aprova a metodologia da educação integral.
Para os estudantes, a aprendizagem da educação científica significa o envolvimento com o conhecimento. “Antes o professor fazia uma pergunta e depois de algum tempo já dava a resposta, mas agora não, ele ‘joga’ a problemática e nós devemos correr atrás do resultado, pesquisar e, a partir disso, ver até onde podemos chegar com nosso conhecimento. Hoje, minha mente é mais aberta, eu consigo ter minha opinião própria não acreditar somente naquilo que as pessoas falam, mas sim construir a minha própria verdade. A partir desta metodologia, eu abri minha mente para me aprofundar mais nos estudos”, relatou a estudante Ana Gabriela.
A SED planeja a expansão da educação integral de tempo integral para 16 escolas em 2017. Unidades de Dourados e Jaraguari já estão em formação sobre esta metodologia.
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