Obra infantojuvenil inspira projeto de caligrafia na EE Professor Ulisses Serra

  • Publicado em 18 dez 2023 • por Adersino Valensoela Gomes Junior •

  • Escrever ajuda, não só a lembrar o que estudou, mas também a aprender melhor.  Pensando no quanto essa prática de escrita é importante no desenvolvimento cognitivo foi implantado o projeto.

    Os estudantes do sexto ano do ensino fundamental da Escola Estadual Professor Ulisses Serra, localizada no Núcleo Industrial, em Campo Grande, participaram de projeto de leitura e caligrafia, inspirado no livro “A Caligrafia de dona Sofia”, de autoria do escritor infantojuvenil André Neves.

    O projeto “A Caligrafia da D. Sofia”, desenvolvido pela professora Ione Eler e Herler, de língua portuguesa, tem por escopo trabalhar a caligrafia dos sextos anos, para que tenham mais facilidade no aprendizado, pois estão exercitando o cérebro e fazendo conexões neurais que auxiliam no aprendizado; Aprendam o traçado de cada letra, bem como diferenciar letras maiúsculas e minúsculas; Aprendam a norma culta da língua; Tomem gosto pela escrita, visto que ela se tornará mais bonita e agradável; Sintam-se orgulhosos e felizes com a própria escrita, além de auxiliar o aluno no processo de constituição da sua identidade visto que a caligrafia ganha contornos pessoais.

    Atividade resgata caligrafiia com estudantes do sexto ano do EF

    “Primeiramente fizemos a leitura da obra e apresentei o projeto para os estudantes, depois, uma vez por semana, durante uma aula, eles fizeram todo o alfabeto no caderno de caligrafia e finalmente o nome completo. Por último, como D. Sofia fazia, copiaram com letra caprichada poemas de livros diversos,  entre eles ‘Para ler e reler’, e colamos os poemas em cartolina fazendo cartões.  Na culminância, os alunos leram os poemas e foram orientados a dar os cartões de presente para alguém (mãe,  pai, avó…)”, enfatiza professora Ione Eler.

    Resgate

    A escrita à mão está sendo deixada de lado a cada dia por causa do uso constante de celulares e computadores. Sendo assim, a escola é praticamente o único lugar onde as crianças e adolescentes terão contato com a escrita à mão e cursiva. Contudo, como o tempo de aula é muito curto, a prática não é constante e, por esse motivo, muitos alunos chegam aos anos finais sem saberem a diferença entre letra maiúscula e minúscula.

    Estudantes do sexto ano durante execução do projeto na unidade escolar

    Segundo estudo de Van der Meer, publicado na Revista Galieu, o cérebro tanto das crianças, e dos das pessoas em geral, fica muito mais ativo quando escrevem à mão com letra cursiva. “O uso de papel e caneta dá ao cérebro ‘ganchos’ para pendurar suas memórias” (VAN DER MEER, sd, sp). “Ou seja, escrever ajuda, não só a lembrar o que estudou, mas também a aprender melhor.  Pensando no quanto essa prática de escrita é importante no desenvolvimento cognitivo, desenvolvemos esse projeto”, reforça professora Ione.

    “Esperamos que, ao final desse projeto, os estudantes dos sextos anos tenham desenvolvido a escrita cursiva de forma efetiva a pondo de terem uma caligrafia legível, além melhorar o aprendizado. Por esse motivo, entendemos a importância da escrita cursiva no desenvolvimento dos estudantes, visto que a escola será, possivelmente, o único lugar onde as crianças e jovens terão oportunidade de usar esse tipo de escrita tão importante ao desenvolvimento humano”, finaliza o gestor Edivaldo Luís Camargo

    Adersino Junior, SED

    Fotos: Arquivo escolar

     

     

    Categorias :

    Ações Pedagógicas Inclusivas, Campo Grande

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