Mais do que apenas montar foguetes, os alunos colocaram em prática conceitos da Física, e vivenciaram como a ciência funciona fora dos livros
A Escola Estadual Luiz Lopes de Carvalho, de Três Lagoas, realizou o Festival de lançamento de Foguetes de Garrafa Pet, no Estádio ADEM, espaço apropriado para garantir a segurança dos estudantes. O projeto coordenado pelo professor (Física) Fernando Ferreira Anselmo, compreendeu duas etapas: a teórica, com a confecção dos foguetes de garrafa pet e materiais recicláveis, como tubos de PVC e outros, realizada pelas equipes de estudantes do Ensino Médio.
A segunda foi o lançamento dos foguetes, ação que contou com o apoio da CRE12, da equipe gestora e pedagógica da escola, dos pais e do PCPI e com a parceria do Departamento Municipal de Trânsito, e da PMM. Todo o trajeto dos estudantes da ida e volta da escola até o local ocorreu sob a escolta de agentes.
“Mais do que apenas montar foguetes, os alunos colocaram em prática conceitos da Física, e vivenciaram como a ciência funciona fora dos livros. E explica que “a reação entre o vinagre (ácido acético) e o bicarbonato de sódio (uma base) produz gás carbônico (CO₂). Esse gás, ao se acumular dentro da garrafa fechada, gera uma pressão interna crescente. Quando a pressão atinge um nível suficientemente alto, ela escapa bruscamente pela saída do foguete, empurrando-o para cima. Aqui está o primeiro conceito físico fundamental que podemos observar: a Terceira Lei de Newton, ‘para toda ação, há uma reação de mesma intensidade e em sentido contrário’”, destaca professor Fernando.
A diretora Solange Mitie Ono salientou a importância do estudante resolver problemas, testar hipóteses e lidar com imprevistos, como vazamentos, falhas de vedação ou lançamentos que não saem como o esperado. “Esses desafios fazem parte do processo de aprender com a experimentação”, enfatiza.
O coordenador pedagógico Rafael dos Santos Calabresi acompanhou todas as etapas do projeto e ressaltou a importância de se colocar em prática os conhecimentos teóricos provenientes dos estudos e pesquisas em sala de aula.
A coordenadora da CRE-12 Marizeth Bazé reiterou que o protagonismo estudantil é garantido em práticas inovadoras na escola e destaca o papel da interlocução entre a escola e a SED para garantir experiências de autoria de modo seguro.
“Acredito que mais do que memorizar fórmulas, os alunos se lembrarão da sensação de ver seu foguete voar, da adrenalina antes do lançamento, da expectativa pelo resultado. E, acima de tudo, vão perceber que a Física não está distante da nossa realidade, ela está presente até em uma simples reação entre vinagre e bicarbonato”, finaliza professor Fernando.
“Que essa atividade seja uma verdadeira alavanca para o aprendizado, despertando o interesse pelo método científico e inspire futuros cientistas. Vamos construir, experimentar e nos divertir, porque aprender também pode (e deve) ser empolgante, e quem sabe, alguns alunos se inspirem a, no futuro, construir foguetes de verdade”, finaliza.
Adersino Junior, SED
Fotos: Arquivo escolar.
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