As atividades foram projetadas para engajar toda a comunidade escolar, promovendo uma reflexão profunda sobre as questões de acessibilidade, direitos e respeito às diferenças
Na Escola Estadual Thomaz Barbosa Rangel, em Rio Verde de Mato Grosso, as atividades pedagógicas desenvolvidas em comemoração ao Dia Nacional do Surdo (26 de setembro), tiveram como objetivo principal a conscientização sobre a cultura surda, a inclusão de alunos surdos e a valorização da Libras (Língua Brasileira de Sinais).
A iniciativa foi conduzida pela professora intérprete de Libras Andriele Reis, em parceria com o professor Josué Vieira (SENAI), e teve a participação especial da aluna Poliana Alves, que, junto com seus colegas de turma, vivenciou uma experiência rica em aprendizado sobre a cultura e a língua dos surdos.
As atividades foram projetadas para engajar toda a comunidade escolar, promovendo uma reflexão profunda sobre as questões de acessibilidade, direitos e respeito às diferenças. Utilizando a Libras como ferramenta central, a escola buscou criar um ambiente mais inclusivo e igualitário, onde todos os alunos, independentemente de sua condição, possam aprender e se desenvolver plenamente.
As ações planejadas para o Dia do Surdo incluíram uma diversidade de atividades pedagógicas, entre as quais destacam-se:
- Palestras e Oficinas sobre o universo surdo, a história da comunidade surda e os direitos dos surdos, com ênfase no uso da Libras.
- Produção de painéis educativos, onde os alunos, com o apoio dos professores e da equipe pedagógica, puderam explorar o alfabeto em Libras e outros aspectos da cultura surda de maneira criativa e colaborativa.
- Atividades lúdicas e dinâmicas de grupo, promovendo a interação entre surdos e ouvintes e estimulando a prática da Libras de forma divertida e envolvente.
As ações visam, não só sensibilizar os alunos, mas também integrar e aproximar os estudantes ouvintes dos alunos surdos, através do aprendizado mútuo e do respeito às diferenças. O ensino do alfabeto em Libras e o incentivo ao seu uso diário foram atividades fundamentais para garantir que a língua não fosse apenas uma curiosidade, mas uma ferramenta de comunicação real e acessível dentro do ambiente escolar.
O papel da professora de apoio pedagógico especializado, Andriele Reis, foi essencial nesse processo. Ela atuou diretamente no desenvolvimento dos estudantes surdos, garantindo que as atividades e os conteúdos fossem acessíveis e adaptados às suas necessidades. A presença da professora de apoio no processo pedagógico é uma medida de inclusão que visa garantir que os alunos surdos não fiquem à margem do ensino, recebendo todo o suporte necessário para o seu aprendizado.
Além disso, a supervisão pedagógica de Douglas William, o trabalho da coordenadora pedagógica Suzan Ferreiranto, e a colaboração do PCPI Diego Souza foram fundamentais para garantir que todas as ações de inclusão e acessibilidade fossem implementadas de forma eficaz. O trabalho colaborativo de toda a equipe pedagógica, incluindo professores, supervisores, coordenadores e o PCPI, demonstra o compromisso da escola em promover um ambiente educacional inclusivo e acessível para todos os alunos.
“Essa atividade foi um marco importante para a escola, pois evidenciou que a inclusão não é apenas uma responsabilidade dos professores e especialistas, mas de toda a comunidade escolar, que deve trabalhar unida para garantir a aprendizagem e o respeito a todos os alunos”, afirma diretor Nilceu Peixoto.
A escola tem se dedicado de maneira exemplar ao processo de inclusão, implementando políticas e práticas que assegurem que todos os alunos, independentemente de suas diferenças, possam ter acesso a uma educação de qualidade.
O compromisso da gestão escolar com a promoção de um ambiente inclusivo vai além das atividades comemorativas, refletindo em todas as ações do cotidiano escolar. O crescimento e a aprendizagem de todos os estudantes, especialmente os surdos, é uma prioridade para a escola, que acredita que a educação é o caminho para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
A escola reafirma o compromisso com a inclusão, “é um processo contínuo, que envolve todos: alunos, professores, equipe pedagógica, administrativa e a direção da escola. Todos nós temos a responsabilidade de garantir um ambiente onde o aprendizado seja acessível para todos, e as diferenças sejam respeitadas e valorizadas”.
As ações, que começaram com a sensibilização de alunos e professores, são um reflexo do compromisso da escola com a formação integral dos alunos, que inclui não apenas o desenvolvimento acadêmico, mas também a formação para a convivência harmoniosa e respeitosa em sociedade.
Ao trabalhar de forma contínua e colaborativa, a escola tem se tornado um exemplo de educação inclusiva, onde cada aluno é visto como um sujeito de direitos, com acesso a uma educação de qualidade, que valoriza sua cultura, sua língua e sua identidade.
Adersino Junior, SED
Fotos: Arquivo escolar.