Publicado em 14 nov 2025 • por Adersino Valensoela Gomes Junior •
Projeto de monitoramento do Aedes Aegypti rendeu prêmio à escola de Nova Andradina.
Um estudo revelou que a dengue teve aumento expressivo em 2024 e segue em alta em 2025. A doença febril causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes Aegypti gerou custos de R$ 1,2 bilhão ao setor público entre 2015 e 2024, valor que equivaleria à compra de 1,5 milhão de cestas básicas.
O mosquito também é transmissor de doenças como zika e chikungunya.
Preocupados com a situação, estudantes da Escola Estadual Professora Nair Palácio de Souza, em Nova Andradina, desenvolveram o projeto ‘Monitoramento da Presença e Atividade do Mosquito Aedes Aegypti’, sob a orientação dos professores Carlos Guilherme Sasso e Anderson Negreli.
Projeto campeão estadual
Por meio de monitoramento e pesquisas constantes, os estudantes Davi Albuquerque, Fernanda Ferrari, Laura de Melo e Steffani Spanemberg conquistaram o 1º lugar na categoria Ciências da Saúde na Fetec/MS 2025, maior Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências de Mato Grosso do Sul.
Impacto direto na comunidade
Após a análise de ovitrampas (que são as armadilhas usadas para controlar a proliferação do mosquito) os estudantes criaram um mapa de calor indicando a presença ativa do mosquito e alertando o Centro de Zoonoses e a população de Nova Andradina.
Algumas ovitrampas registraram mais de 200 ovos, todos foram incinerados após a contagem.
Resultados com recursos simples
Professores e estudantes demonstraram que é possível realizar ações de grande alcance com materiais simples, como pote de sorvete, vasilhas d’água e um pedaço de madeira.
A equipe reforçou durante a premiação a importância do uso contínuo das ovitrampas, tendo em vista que o sistema é definido pela Fiocruz como armadilhas de oviposição (postura de ovos) ideais para análise de ovos de mosquitos.


Feira e formação científica
A Fetec/MS é realizada em parceria com a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e reúne projetos desenvolvidos por estudantes de todo o Estado.
A pesquisa da escola está em andamento desde 2024 e “renova a dedicação dos nossos professores e alunos para irem ainda mais longe”, comentou a diretora da escola, Danielly Cristiny Sakate Bernegozzi Rueda.


Novos pesquisadores em formação
“O primeiro lugar foi uma experiência marcante e motivadora para os alunos”, segundo o Professor Coordenador de Práticas Inovadoras, Marcelo Gomes.
Ele destaca, também, a dedicação e a disciplina no processo, além da importância do ensino integral no desempenho científico da escola, podendo revelar novos pesquisadores no Estado de Mato Grosso do Sul.
Gilberto Junior, SED
Fotos: arquivo escolar