História, memória e patrimônio cultural são trabalhados em percurso ciclístico na EE Floriano Viegas Machado

  • Publicado em 24 maio 2024 • por Adersino Valensoela Gomes Junior •

  • O percurso ciclístico integrou atividades dos projetos como modelagem e impressão 3D do Monumento ao Colono, diálogos patrimoniais e mobilidade urbana.

    Escola Estadual Floriano Viegas Machado, em Dourados, promoveu no último domingo (19 de maio),  percurso ciclístico até o parque Antenor Martins, conhecido como “Parque do Lago”, com a participação dos estudantes, professores, administrativos, além da equipe do Quantum LAB, grupos de ciclismo e acadêmicos da ufgd (Universidade Federal da Grande Dourados) e da uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).

    Projeto Tekoha

    Estudantes fazem parte do projeto Tekoha

    O percurso ciclístico faz parte das atividades do projeto “Tekoha e as Ciências Básicas para pensar Sociedades Sustentáveis no Estado de Mato Grosso do Sul” (CNPq/MCTI) e do “Patrimônio cultural através de um website (2): cidade, cultura e história” (FUNDECT/PICTEC-MS III).

    Ambos são projetos vinculados ao Quantum LAB – Laboratório de Educação, Popularização e Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação “Vitor Samuel Salomone Bittencourt” –, consolidado em 2018 pela parceria entre a Escola Estadual Floriano Viegas Machado e o curso de Licenciatura em Física da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Atualmente, em processo de construção de convênio entre a UEMS, UFGD e a SED (Secretaria de Estado de Educação).

    O percurso teve por objetivo refletir sobre a história, memória e patrimônio cultural instituído em Dourados, em especial, por intermédios de monumentos ao longo de uma das principais avenidas da cidade de Dourados, a Marcelino Pires, estendendo-se até o Parque Antenor Martins.

    Patrimônios culturais

    Os patrimônios culturais reconhecidos pelo poder público municipal abordados no percurso foram: Monumento ao Colono, Brasil 500, Monumento à Antônio João, à Bíblia, as Figueiras e ao Ervateiro. No Parque Antenor Martins, especialmente, observamos o fato de o Parque não ser considerado um patrimônio cultural do município e, apontamos para os bustos do Marçal de Souza e Dezidério de Oliveira.

    Objetivo é refletir sobre a história, memória e patrimônio cultural

    Ao longo do percurso, foi estimulado o debate sobre as cidades inteligentes, o uso de códigos QR com acesso a website (douradosempatrimonio.com.br) para saber mais sobre parte dos patrimônios culturais presentes no percurso e existentes na cidade.

    Além disso, foi verificado ao longo do percurso, no tocante a mobilidade urbana, determinados acessos a ciclovias e ciclo faixas, mas também a ausência delas em praticamente todo o trecho percorrido, a inexistência de bicicletários, etc. Foram analisados como tais aspectos, o uso da bicicleta, inseguro por parte de seu usuário, contribuindo para o desrespeito a mobilidade e às leis de trânsito.

    Foi ressalta, por fim, a sustentabilidade e as possibilidades de melhoria nas vias e ciclovias, bem como a utilização das vias em harmonia com os demais modais de transporte com segurança e atendendo a direitos de todos os cidadãos.

    Cabe mencionar ainda que, o percurso ciclístico esteve relacionado a realização de uma oficina, ocorrida no dia 17 e 18 de maio, no Quantum LAB, ministrada pela professora doutora Cecília do Nascimento, com o arduíno lillyad, utilizado para discutir conceitos de tecnologias vestíveis ou Wearables, cidades inteligentes e mobilidade urbana. Dito em outras palavras, peças de roupa serão customizadas com circuito eletrônico de indicadores de direção e segurança no trânsito para ciclistas.

    Interdisciplinalidade

    O percurso ciclístico reúne diversos conceitos já trabalhados em sala de aula

    , em especial com os estudantes dos 9º anos do ensino fundamental e do 1º e 2º anos do ensino médio (mobilizados, em especial, nas disciplinas de História, Geografia, Arte e Física) e com acadêmicos do curso de História e bolsistas PET-História UFGD, além das bolsistas do ensino médio do PICTEC/FUNDECT.

    Estes conceitos experienciados, foram: patrimônio cultural, mobilidade urbana, cidades inteligentes, sociedades sustentáveis e futuros possíveis. E mais, o percurso ciclístico integrou outras atividades dos projetos acima citados, a exemplo: modelagem e impressão 3D do Monumento ao Colono e diálogos patrimoniais e mobilidade urbana.

    “Ainda vinculadas a essas atividades, teremos a realização do lançamento de ilustrações de um livro infantil e uma Mostra, ambos a serem realizados na unidade escolar, em junho. Em tempo, mas não menos importante, os estudantes foram acompanhados pela Agetran e Guarda Municipal”, finaliza diretor Julio Cezar dos Santos.

    Adersino Junior, SED

    Fotos: Arquivo escolar

    Categorias :

    Ações Pedagógicas Inclusivas, Dourados

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