Na agenda, ministro Rossieli e secretária Cecilia Motta visitam EE José Barbosa Rodrigues para descerramento da placa de entrega da reforma na unidade.
Campo Grande (MS) – Uma ferramenta para incentivar, ainda mais, o ensino presencial mediado pela tecnologia. Com esse propósito, foi lançado nesta terça-feira (13), o Centro Nacional de Mídias de Educação (CNME), na EE Lúcia Martins Coelho – Escola da Autoria – localizada no centro de Campo Grande. O evento contou com a presença de autoridades como a secretária de Estado de Educação e presidente do Consed, professora Cecilia Motta, o ministro da Educação, Rossieli Soares, o prefeito da Capital, Marquinhos Trad, e do secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, entre outros.
Foco da solenidade, o CNME constitui-se em uma ferramenta importante de apoio à implementação do Novo Ensino Médio, com impacto, também, no desenvolvimento do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), no Programa Educação Conectada, e no Programa de Formação Continuada de Professores.
Ministro fala sobre o Centro Nacional de Mídias da Educação (CNME).
Perguntado sobre a proposta do projeto, o ministro da Educação, Rossieli Soares, explicou também sobre a diferença das aulas ministradas pelo CNME daquelas caracterizadas como Educação à Distância (EaD). “O Centro nasce de uma experiência que já tem sido trabalhada em outros lugares do Brasil e que se espalhou em vários outros estados. (…) O CNME não se trata de EaD, mas sim de educação presencial mediada pela tecnologia dentro da sala de aula. As aulas não são gravadas e isso possibilita a interação constante com os estudantes. Imagine o potencial do uso das tecnologias dentro da sala, apoiando os professores nesse processo”, destacou o ministro.
A implementação do CNME foi iniciada em 2018 com o propósito de instituir com ação contínua de apoio aos estados e municípios. Participaram da primeira etapa escolas estaduais do Ensino Médio do Amazonas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins. Para 2019, o objetivo é expandir para 350 escolas públicas e implantar o estúdio do CNME em Brasília. A meta é receber a adesão de todas as Secretarias de Educação e conectar 500 escolas, com ampliação das temáticas oferecidas.
Professora Cecilia fala sobre a visita ao Centro de Mídias em Manaus.
“Tive a chance de conhecer o centro de mídias em Manaus, uma estrutura maravilhosa, tudo muito organizado. Tenho a certeza de que se trata de uma ferramenta que vai chegar buscando equidade, igualdade e qualidade de educação para todos os estudantes brasileiros. Aqui em MS já temos as nossas 16 Escolas da Autoria participando desse processo e já falei que eu quero mais. (…) Tenho orgulho dos nossos diretores e professores de MS, porque tudo aquilo que nós propomos eles se envolvem. Não é questão de imposição, é argumentação. Se todos nós estivermos cientes do quanto essa ferramenta pode melhorar a qualidade da nossa educação, teremos argumento para a participação, sempre”, declarou a secretária de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul, professora Cecilia Motta.
A proposta pedagógica do CNME está ancorada na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, tendo como princípios: a igualdade de acesso, a permanência na escola, a liberdade de aprender e o pluralismo de ideias. Para tanto, é fundamental a atuação dos professores nas escolas durante todo o processo, realizando mediação entre a aula transmitida no estúdio e as atividades desenvolvidas nas salas de aula por estudantes e professores.
Reformas nas Escolas da Autoria
Reforma da EE “JBR”, como é conhecida, foi entregue em setembro deste ano.
Roteiros da agenda desta terça, a EE Lúcia Martins Coelho – palco do lançamento do CNME – e a EE José Barbosa Rodrigues, também se destacaram quando o assunto foi o direcionamento de recursos para a infraestrutura. Integrantes do programa Escola da Autoria, a primeira vai passar por um profundo processo de reforma, já a segunda teve a reforma entregue oficialmente hoje.
Ainda pela manhã, no lançamento do CNME, o secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, representando o governador Reinaldo Azambuja, falou sobre o sucesso das Escolas da Autoria. “É preciso avançar sobre a iniciativa das Escolas da Autoria, acreditamos no sucesso desse modelo e talvez esse seja um dos grandes programas do estado de Mato Grosso do Sul, hoje. Será dada a continuidade nesse programa, visando atingir um número ainda maior de estudantes. Isso significa foco no resultado”, declarou.
Com a reforma iniciada ainda em novembro de 2017, a EE José Barbosa Rodrigues recebeu quase R$1,5 milhão para a reforma completa na Unidade. Já na EE Lúcia Martins Coelho, a proposta é ainda mais ambiciosa. Para a reforma, que segue até o segundo semestre de 2019, serão destinados R$2,9 milhões. Ao todo, as unidades são responsáveis pelo atendimento à quase 700 estudantes matriculados no Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI).
