Evento reuniu instituições parceiras e voluntários para uma tarde de ações em prol da conscientização sobre o tema, no Parque das Nações Indígenas, na Capital.
Campo Grande (MS) – No último sábado (10), o público que frequentava o Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, teve a oportunidade de acompanhar um evento diferente. Em alusão ao dia Nacional do Surdo, comemorado em 26 de setembro, o Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS) promoveu uma série de atividades com o foco na inclusão.
Um dos organizadores envolvidos, o professor Cláudio Luiz Vasques dos Santos, gerente pedagógico do CAS, falou sobre o objetivo da ação. “Nosso foco é sensibilizar as pessoas, quem é o surdo e como é essa língua que ele utiliza. Durante a preparação do evento, as pessoas se envolveram e o resultado disso é que nós tivemos várias atividades que o surdo e o ouvinte estavam no mesmo patamar, enquanto nossa equipe, de colaboradores e voluntários, estava oferecendo a acessibilidade linguística em Libras”, declarou.
A Língua Brasileira de Sinais (Libras), é um conjunto de formas gestuais utilizada para a comunicação entre pessoas, surdas ou ouvintes. Com origem baseada na linguagem de sinais francesa, é um dos conjuntos de sinais existentes no mundo inteiro com o propósito de realizar a comunicação entre pessoas com deficiência auditiva ou surdez. Para se comunicar utilizando a libras, além de conhecer os sinais, é preciso também conhecer as estruturas gramaticais para combinar as frases e estabelecer a comunicação de forma correta.
Um dos apoiadores do evento, o empresário José Eduardo de Assis Vieira, do Instituto Tecnológico de Resíduos (ITR), falou sobre o engajamento no evento e se mostrou satisfeito com o atual contexto de conscientização que a sociedade vem apresentando. “A minha esposa está sempre envolvida na área de inclusão e o envolvimento foi natural. Acredito que essa participação é muito importante. Um exemplo da conscientização que estamos presenciando é o nosso processo eleitoral, que contou com uma atenção especial ao público que utiliza a Língua Brasileira de Sinais para se comunicar. Isso trouxe uma repercussão grande e chamou a atenção sobre a questão para muitas pessoas que ainda não conheciam”, disse.