Campo Grande (MS) – Dando sequência aos “Diálogos Interdisciplinares”, a Escola Superior da Defensoria Pública, localizada em Campo Grande, promoveu nesta quarta-feira (28), uma tarde de palestras sobre a “Justiça Restaurativa”, processo pelo qual todas as partes envolvidas em um ato que causou ofensa ou dano reúnem-se para decidirem coletivamente como lidar com as circunstâncias decorrentes desse ato e suas implicações para o futuro.
A psicóloga Valquiria Rédua, que trabalha no Projeto Avanço do Jovem para a Aprendizagem- AJA-MS, participou do evento e falou da experiência com a Justiça Restaurativa nas escolas estaduais de Campo Grande, uma parceria entre o Tribunal de justiça e a Secretaria de Estado de Educação (SED).
Para Valquiria, a Justiça Restaurativa é fundamental no ambiente escolar, pois utiliza métodos e técnicas para levar os estudantes a reflexão de suas atitudes contribuindo para a formação de indivíduos autônomos, responsáveis e protagonistas de suas histórias. “Buscamos as origens do conflito e há uma preocupação com o futuro. Como ficará essa relação que foi afetada pelo conflito no futuro? Quais são as necessidades dos envolvidos no conflito? E de quem é a responsabilidade por atender essas necessidades? São perguntas utilizadas para direcionar o processo restaurativo”, explicou a psicóloga.
O evento contou, também, com a palestra “Fundamentos da Justiça Restaurativa”, do juiz de Direito de São Paulo, Marcelo Nalesso Salmaso; e “Justiça Restaurativa: um caminho para humanizar o processo socioeducativo”, ministrada pelo defensor público Rodrigo Zoccal Rosa.