Campo Grande (MS) – A ideia de utilizar o cemitério como um espaço de aprendizagem não é comum para a sociedade brasileira. O cemitério é uma materialização necessária da relação entre a sociedade e a morte e está presente como equipamento urbano nas cidades brasileiras desde o século XIX.
Para a Escola Estadual Professora Flavina Maria da Silva, de Campo Grande, a visitação a esse ambiente abre a possibilidade para o estudo devido a sua importância temática e pela curiosidade que gera nos estudantes, motivando-os por meio da exploração do cemitério como espaço educativo.
A escola levou as turmas do 3º ano do ensino médio para o Cemitério Santo Antônio para o desenvolvimento de um projeto multidisciplinar, com objetivo de motivar os estudantes, desmistificar a ideia ameaçadora e sombria da morada dos mortos e promover o conhecimento.
Em Matemática, os professores trabalharam figuras planas e espaciais, tabelas e maquetes; em Geografia, o espaço geométrico será reproduzido pelos estudantes também em maquetes; o professor de História falou sobre os fundadores e as famílias tradicionais enterradas no Santo Antônio; Em Química, o tema foi a decomposição dos corpos, complementado pelas informações de Biologia sobre o impacto ambiental do chorume e de Física sobre a idade dos ossos; Na aula de Arte os estudantes aprenderam sobre a arquitetura dos túmulos; em Língua Inglesa, humor e descontração com a coreografia e música de “Thriller”, de Michael Jackson.