Campo Grande (MS) – Um grupo de nove estudantes da Escola Estadual Presidente Médici, de Naviraí, orientados pelo professor de Física Wagner Doncev, realizaram uma pesquisa sobre os prejuízos causados pelo Aedes aegypti no Brasil. Os resultados apontam um gasto superior a R$ 2 bilhões, em 2015, para controlar a proliferação do mosquito, e mais de um milhão de casos notificados de doenças causadas pelo Aedes aegypti: zika, dengue e chikungunya.
A turma da escola viu na produção de um Combustível Automotivo Aditivado com Repelente Biológico (Caarb), a partir de plantas como a citronela e o capim cidreira, da família Synbopogon, uma possibilidade de controle dessa situação. “O Caarb é um combustível automotivo aditivado com repelente biológico. Esse combustível tem função de repelir mosquito da dengue das cidades e ajudar a acabar com as doenças”, explica a estudante Naiara Camargo, do 2º ano do ensino médio.
Para a produção do Caarb, os estudantes realizaram a extração da toxina das plantas, por arraste, para depois triturá-las e deixá-las isoladas no reator de destilação fracionada, ambiente com temperatura controlada. Então, eles adicionaram quimicamente na molécula um grupo funcional, tornando-a solúvel no etanol, gasolina e diesel, resultando em um repelente natural que é liberado no ar quando o motor do veículo é acionado.
De acordo com o professor orientador do projeto, o Caarb poderá reduzir significativamente o número de casos de dengue, chikungunya e zika. “O Caarb irá repelir os mosquitos transmissores de doenças das cidades, tornando cada motorista um pulverizador biológico”, afirmou Doncev.