Ação conjunta entre SED, SES, Conselho Estadual e Câmara Intersetorial, mobilizou população em alguns pontos de Campo Grande, nos dias 16 e 17 de outubro.
Campo Grande (MS) – O Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Mato Grosso do Sul (Consea/MS), em parceria com a Coordenadoria de Alimentação Escolar (Coale) da Secretaria de Estado de Educação (SED), Secretaria de Estado de Saúde (SES), Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) e demais envolvidos, realizaram ações de mobilização social em comemoração à Semana Mundial da Alimentação.
De acordo com a conselheira e técnica da Coale, Christiane Bertaco, no dia 16 de outubro, as mobilizações aconteceram na Igreja Nossa Senhora do perpétuo Socorro no período diurno e na Feira Central no período noturno. No dia 17 de outubro as ações de mobilização social aconteceram na Praça Ari Coelho.
A celebração o Dia Mundial da Alimentação, em comemoração ao surgimento, em 1945, da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O tema geral definido pela FAO para este ano é “ Nossas ações representam o nosso futuro: Dietas saudáveis para um mundo fome zero”, como algo universal, inerente a todos os homens e mulheres do mundo. O tema afirma a relação entre garantia da segurança alimentar e nutricional e sustentabilidade na produção de alimentos e qualidade no seu consumo.
A quantidade de subnutridos no mundo aumentou nos últimos três anos para 821 milhões, sendo os conflitos armados, a desaceleração e o crescimento negativo, as mudanças climáticas e a desigualdade social os principais causadores do aumento da insegurança alimentar. Os números globais de desnutrição crescem e mostram que uma alimentação nutritiva ainda está longe de se tornar um bem comum, uma vez que o número caiu para 785 milhões em 2015, mas voltou a subir em termos absolutos, retomando os índices de 2010, na casa dos 820 milhões.
A América Latina seguiu esse movimento, em 2010, saindo de 8,1 milhões de pessoas para 5,3 milhões em 2015, e voltando aos 5,7 milhões em 2018. No Brasil, 2,5% da população estão na situação considerada de fome.
Enquanto lutamos contra a fome, a obesidade, identificada em 13,3% da população mundial em 2016, aumenta de forma ainda mais rápida. Até 2025, a estimativa da organização é que possa chegar a 50% em todo o planeta. No Brasil, o problema alcança um em cada cinco brasileiros, taxa acima da média mundial.
Segundo o Representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala, durante às comemorações do Dia Mundial da Alimentação 2019, realizado nesta terça-feira, em Brasília, “hoje, são 672 milhões de adultos obesos em todo o planeta”, e que “temos que abordar a obesidade como uma questão pública, não como um problema individual”.
Para que haja mudança nos hábitos alimentares da população brasileira e êxito nas dietas mais saudáveis, deve haver a colaboração de todos os atores: governos, sociedade civil, organizações, centros de pesquisa, indústria alimentícia e consumidores, cada um executando o seu papel de forma consciente. Cabe à população entender que suas práticas alimentares causam impacto não somente à sua saúde, mas a todo o planeta.
Segundo a coordenadora da Coale, Jackeline Veras de Souza, a atenção deve ser redobrada em todas as etapas. “É importante conhecer a origem dos alimentos, os processos de produção e seus os impactos ambientais, dando preferência a produtores locais, reduzir carnes vermelhas e ampliar o consumo de verduras e legumes”, disse.