Estudantes do curso Técnico em Serviços Jurídicos exploram casos reais de assassinos em série e refletem sobre motivações criminais em atividade prática e dinâmica
Na Escola Estadual Prof. João Magiano Pinto (JOMAP), em Três Lagoas, uma aula fora do convencional chamou a atenção dos estudantes do curso Técnico em Serviços Jurídicos. Conduzida pela professora Miriã, a atividade utilizou metodologia ativa para transformar a sala em um verdadeiro ambiente de investigação, no qual os alunos analisaram casos reais de assassinos em série no Brasil, refletindo sobre os conceitos jurídicos de crime e suas motivações de forma crítica e participativa.
Organizados em grupos, os alunos foram desafiados a pesquisar e apresentar dados detalhados sobre assassinos em série brasileiros. Entre os critérios analisados estavam: foto, nome completo, apelido, locais dos crimes, perfil das vítimas, número de vítimas fatais confirmadas, período de atividade criminosa, tipo de condenação e situação atual. A atividade não se limitou à pesquisa — também gerou debates ricos em sala sobre os diferentes tipos de crimes e suas motivações, como crimes por inveja, frieza, premeditação, motivos religiosos ou ritualísticos.
Dois casos de grande repercussão regional ganharam destaque durante a aula: o Maníaco da Cruz, Dyonathan Celestrino, de Rio Brilhante (MS), conhecido por crimes com conotação religiosa e ritualística, e o Danúbio Azul, Luiz Alves Martins Filho, de Campo Grande (MS), autor de diversos homicídios seletivos e cruéis.
Para a Prof.ª Miriã, a proposta permitiu que os estudantes construíssem o conhecimento de forma autônoma e colaborativa, aplicando teorias jurídicas a contextos reais. “Trazer casos de investigação criminal para a sala de aula foi uma estratégia didática para tornar o aprendizado mais vivo e conectado com a realidade, além de incentivar reflexões éticas e jurídicas profundas”, afirmou.
A iniciativa reforça o compromisso da EE Prof. João Magiano Pinto com uma educação que integra teoria e prática, estimula o protagonismo estudantil e prepara os futuros profissionais do Direito para os desafios do mundo real, com senso crítico e responsabilidade social.
Texto: Jackeline Oliveira, SED
Fotos: Arquivo escolar