Ação foi desenvolvida com estudantes de duas instituições, uma em MS e outra em SP, para promover a conscientização sobre a preservação da natureza.
Campo Grande (MS) – Duas instituições, uma de Mato Grosso do Sul e outra de São Paulo, separadas por mais de 1,6 mil quilômetros, foram protagonistas de um intercâmbio cultural na reta final de 2021. A iniciativa promoveu uma série de ações voltadas para a conscientização sobre a preservação do meio ambiente e conectou uma escola indígena da Rede Estadual de Ensino de MS e uma instituição de ensino no interior do Estado de São Paulo, em Americana.
Durante o segundo semestre, estudantes da EE Indígena João Quirino de Carvalho “Toghopanã”, localizada na Aldeia Uberaba Índios – Guatós, em Corumbá, e alunos do Instituto Educacional de Americana, de São Paulo, separadas por cerca de 1.620 quilômetros, estiveram em “contato” para a realização de dois projetos: “E agora Pantanal?” e “O carteiro chegou”.
O projeto, fomentado pela instituição paulista, objetivou sensibilizar os estudantes do Ensino Fundamental Anos Iniciais, bem como toda a comunidade escolar, por meio de uma Mostra com os trabalhos realizados das ações em relação ao bioma Pantanal, bem como conscientização sobre a sua importância e todos os impactos negativos que ele vem sofrendo nos últimos anos, o projeto contemplou os povos, rios, cultura, fauna, flora.
A viabilização do projeto ficou a cargo da Superintendência de Políticas Educacionais (SUPED) e por meio da Coordenadoria de Políticas para o Ensino Fundamental (COPEF). Foram adquiridos e encaminhados, para utilização pelos os alunos durante o projeto, exemplares do livro “O carteiro chegou” de Allan Ahlberg.
“Em agosto do ano passado, a escola recebeu o convite do projeto do Instituto Educacional de Americana. Foi uma grata surpresa para toda a equipe, levando em consideração o intercâmbio cultural entre as duas escolas”, disse o diretor Luis Octavius Rodrigues de Oliveira.
Por se tratar de uma unidade escolar indígena distante 300 quilômetros da área urbana do município de Corumbá, com acesso pelo rio Paraguai, a logística foi um ponto sensível na realização do projeto e a execução da iniciativa contou com trocas de cartas entre as escolas, realizadas através do recurso fluvial, com o apoio da equipe pedagógica.
“Os alunos, ao receberem a notícia sobre um projeto envolvendo outra escola, de outro estado, com outra realidade, cultura, diversidade, ficaram ansiosos, ainda mais por se tratar de um projeto literário, envolvendo a escrita por modalidade de cartas”, concluiu Luis Octavius.
Realizado no decorrer do segundo semestre de 2021, o projeto se uniu às diversas inciativas fomentadas nas escolas da Rede Estadual de Ensino, com o objetivo de promover a conscientização sobre os cuidados com o meio ambiente e preservação dos recursos naturais.
Outras ações
Os projetos voltados para a preservação do meio ambiente também foram destaque na EE Hermelina Barbosa Leal, de Cassilândia, que realizou o projeto “lixo zero” no decorrer de 2021.
Instituído de forma interdisciplinar entre as disciplinas eletivas, por intermédio da proposta elaborada pelo Instituto Lixo Zero Brasil, desde 2010, o projeto estimula mudanças de hábitos, com o objetivo de promover a reflexão sobre o uso dos recursos naturais e difundir o conceito Lixo Zero, mobilizando pessoas, negócios e comunidades sobre as boas práticas relacionadas à causa.
Outra ação protagonizada pelos estudantes da escola foi a campanha de sensibilização no descarte correto de pilhas e baterias, com a elaboração de um planejamento interdisciplinar, entre os componentes curriculares de Biologia, Geografia, Matemática e Química, de acordo com a proposta de campanha de sensibilização do descarte dos materiais.
Durante o ano, outra ação de destaque foi da Escola Estadual Dona Rosa Pedrossian, localizada no município de Miranda, em parceria com a Empresa de Saneamento Básico de Mato Grosso do Sul (Sanesul). Em comemoração ao Dia da Árvore (21 de setembro), A escola realizou o plantio de 50 mudas de Ipês na cor rosa, branco e amarelo.
Na ação, os estudantes tiveram uma aula prática de Educação Ambiental, orientados pelas biólogas Maria Carmelita Barboza Coelho Teodoro e Joanita Rocha. Com uma grande área verde em toda a unidade escolar, a escolha dos locais de plantio foi estratégica: para beneficiar os estudantes, um deles foi o estacionamento das bicicletas utilizadas pelos estudantes.
Texto: Hugo Leonardo e Vinícius Espíndola (Asscom/SED).