Os estudantes do Ensino Fundamental da EE Júlia Gonçalves Passarinho, localizada em Corumbá, participaram de uma aula especial neste mês de setembro, dedicada à modalidade paralímpica Golbol, um esporte coletivo praticado por atletas com deficiência visual. A atividade foi proposta pela professora de Educação Física Karina Duarte e teve como inspiração as competições paralímpicas que ocorreram recentemente em Paris.
“A proposta foi apresentar este esporte paraolímpico aos estudantes e fazer com que vivenciassem a experiência de explorar os sentidos em uma competição”, destacou a professora Karina.
Essa abordagem não apenas introduz os alunos ao Golbol, mas também promove a inclusão e a empatia ao permitir que experimentem as dificuldades enfrentadas por atletas com deficiência visual.
Como é disputado o Golbol?
O Golbol é uma modalidade esportiva única, criada especificamente para pessoas com deficiência visual, sendo a única genuinamente paralímpica. Todos os jogadores usam vendas para garantir que ninguém tenha vantagem sobre os outros, permitindo que atletas cegos e aqueles com baixa visão joguem juntos.
Cada equipe é composta por três atletas e até três reservas. A bola utilizada tem 76 cm de diâmetro, pesa 1,25 kg e contém um guizo em seu interior. O objetivo do jogo é lançar a bola de um lado da quadra para o outro, marcando o maior número de gols possível. Se a diferença de gols entre as equipes atingir 10 (por exemplo, 10×0 ou 11×1), a partida é encerrada.
A quadra possui as mesmas dimensões do vôlei (9m de largura por 18m de comprimento), com uma baliza que mede 9m de largura por 1,30m de altura. As linhas da quadra são feitas com barbante e fita adesiva, criando um espaço tátil em alto relevo que facilita a percepção do ambiente pelos jogadores.
As partidas são jogadas em dois tempos de 12 minutos cada, com um intervalo de 3 minutos. Durante o jogo, os atletas atuam tanto como arremessadores quanto como defensores. O arremesso deve ser rasteiro ou tocar pelo menos uma vez nas áreas obrigatórias. O Golbol é disputado nas categorias feminina e masculina, ambas reconhecidas no programa Paralímpico e Mundial.
A gestão escolar vê a iniciativa como uma inovadora e dinâmica com os estudantes, e acredita na possibilidade de realizar uma educação pública de qualidade, comprometida e excelente. Essa experiência não só enriquece o conhecimento dos alunos sobre o Golbol, mas também promove valores fundamentais como inclusão e respeito às diferenças.
Texto: Jackeline Oliveira, SED
Fotos: Arquivo escolar