Unidade teve Semana da Gameficação, de 28 de agosto a 1º de setembro e recebeu conferência livre sobre saúde mental de adolescentes e jovens e vai enviar dois delegados para representar o Centro-Oeste, na próxima conferência nacional, em Brasília.
A Escola Estadual Professora Clarinda Mendes de Aquino, que oferta ensino em tempo integral, em Campo Grande, realizou nos últimos dias duas ações pedagógicas inclusivas, tratam-se da Semana da Gameficação, de 28 de agosto a 1º de setembro e recebeu conferência livre sobre saúde mental de adolescentes e jovens e vai enviar dois delegados para representar o Centro-Oeste, na próxima conferência nacional, em Brasília.
Gameficação
Durante os períodos vespertinos de aula ocorreu a Semana da Gameficação com foco em recompor habilidades básicas da aprendizagem que não foram alcançadas nos anos em que os educandos ficaram afastados da escola por conta do período pandêmico.
Fernando Abrão, idealizador do projeto é também o professor responsável pela coordenação do Plano de Recomposição das Aprendizagens (PRA), ele comenta que “a proposta da criação de jogos parte de teorias que mostram a eficácia dos jogos para o processo de ensino-aprendizagem, pois, se estamos na era em que os adolescentes gostam de jogar, de interagir por meio de jogos, a aprendizagem sendo posta nesse contexto constitui uma estratégia para que atribuam significado ao que estão aprendendo.”
Assim sendo, o objetivo primordial é promover aprendizagem de habilidades essenciais, cruzadas com descritores do SAEB, por meio da metodologia da gamificação, que consiste em utilizar elementos de “games” em situações didáticas lúdicas, mas com níveis de complexidade relevantes e saberes significativos. Busca-se também ativar a motivação intrínseca dos estudantes em relação aos estudos, para que os educandos possam recompor aprendizagens em experiências únicas e engajadoras.
Os jogos foram distribuídos em dez fases construídas e executadas pelos professores de todas as áreas do conhecimento com foco em consolidar as habilidades essenciais dessas áreas; elevar o nível de proficiência em leitura e cálculo, em diferentes contextos e situações-problema, relacionando conhecimentos teóricos e metodológicos à prática, em todas as áreas do conhecimento; recompor aprendizagens em humanidades, sob a perspectiva crítica, relacionando o passado com o presente, em relação à racialidade, etnicidade, cultura e racismo; preparar os estudantes para as avaliações externas, relacionando os níveis de proficiência de tais exames às habilidades essenciais e críticas de RA.
Além disso, os estudantes ainda participaram de uma fase em que foram desafiados a elaborar um figurino totalmente reciclado e apresenta-lo enfatizando a ideia da sustentabilidade, bem como preparar e postar, nas redes sociais, peças de divulgação de suas turmas e, ao final, encarar o “super chefão” – um simulado virtual com questões de todas as áreas.
“Na empolgação dos estudantes foi possível perceber o envolvimento de todos e como a aprendizagem foi significativa”, enfatiza gestor Antonio Aurélio Silva Marques.
Conferência
O UNICEF, por meio da Rede Pode Falar, realizou no dia 28 de setembro a Conferência Livre Nacional Pode Falar. A iniciativa tem o objetivo de garantir a perspectiva de adolescentes e jovens no debate e nas propostas sobre saúde mental que serão levadas para a 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental (5ª CNSM), a ser realizada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), entre os dias 11 e 14 de dezembro deste ano, em Brasília.
A Conferência Livre Nacional Pode Falar contou com grupos de discussão formularam propostas sobre saúde mental para a adolescência e a juventude no País, de acordo com os eixos da 5ª CNSM. As propostas formuladas no período da manhã, nos pontos presenciais de mobilização, foram levadas para a plenária online, no período da tarde, para votação.
Ao final, 12 propostas de todas as regiões foram escolhidas pelos participantes para comporem o relatório final do encontro, gerando recomendações que serão incorporadas ao relatório-base da 5ª CNSM, com recomendações para o aprimoramento das políticas públicas de saúde mental de adolescentes e jovens do Sistema Único de Saúde (SUS) nos próximos anos.
Durante o encontro, também foram eleitos 10 delegados e 3 suplentes entre adolescentes e jovens de 13 a 24 anos presentes que vão representar essa faixa etária nos debates da 5ª CNSM. A EE Professora Clarinda Mendes de Aquino elegeu os estudantes João Victor Duarte Raffel e Luara Vilalba Mattos, do 1º ano do Ensino Médio, para representar o Centro-Oeste durante a Conferência em Brasília.
A Conferência Livre Nacional Pode Falar tem foco em adolescentes e jovens entre 13 e 24 anos, em especial usuários dos serviços do SUS, jovens dos Núcleos de Cidadania de Adolescentes (Nucas), entre outras lideranças dessa faixa etária com experiência no debate sobre questões de saúde mental.
Adersino Junior, SED
Fotos: Arquivo escolar.