Campo Grande (MS) – O Seminário Base Nacional Comum Curricular em ação: Formação de atores nacionais, promovido pelo Ministério da Educação (MEC), reuniu em Brasília, esta semana, representantes das secretarias municipais e estaduais, bem como dos representantes estaduais e municipais nas comissões de mobilização locais, para discussão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Na mesa de abertura, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que a construção da Base é um marco na história da educação brasileira. “A discussão chegou à sala de aula, está envolvendo os estudantes, está envolvendo a comunidade, está envolvendo especialistas”, afirmou o ministro.
“Nós temos um imenso desafio na formação de professores. A Base tem que ser um instrumento para nós pensarmos uma licenciatura multidisciplinar, para alimentar os docentes na sala de aula para uma formação continuada e para que a gente possa dar o salto que a educação brasileira necessita”, concluiu Mercadante.
Durante a apresentação dos dados, a Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul foi um dos destaques, com índice de participação superior a 90%. De acordo com o coordenador de Políticas para a Educação Básica, da Secretaria de Estado de Educação (SED), Hélio Queiroz Daher, o mérito desta participação é resultado da soma de esforços da equipe da SED e dos gestores escolares e seus professores, que entenderam a importância deste processo.
“O desafio não acabou, pois restam algumas escolas da Rede Estadual que ainda não participaram. A SED vai trabalhar junto a essas unidades, bem como apoiará os municípios no trabalho com unidades municipais e que até o momento não contribuíram”, explicou o coordenador.
O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Aléssio Trindade Lima, apontou essa como uma etapa primordial do processo de construção da BNC de forma coletiva. “É um momento rico para a reflexão e debate da sociedade e da comunidade educacional”, disse.
O professor Ivan Camargo, reitor da UnB, reafirmou a importância desta etapa de construção da BNCC. “É um momento de definição da base”, destacando que todos estão a favor deste processo de debate.
Seminário
Esta é a primeira reunião de formação presencial de auxiliares de pesquisa e contará com a participação de 130 pessoas de todas as unidades da federação. A formação busca preparar os agentes locais nos estados para a interpretação dos relatórios de sistematização das contribuições das unidades escolares, colhidas no Portal da BNCC.
Os relatórios de sistematização serão produzidos pela Universidade de Brasília (UnB) a partir da análise da base de dados coletados no portal, por meio de consulta pública. As informações obtidas servirão para fundamentar a discussão da segunda versão da proposta de BNCC, a ser lançada em abril, que passará por uma rodada de discussões em todas as unidades da federação.
Colaborações para a BNC – Ainda é possível apresentar contribuições à Base. Escolas públicas e particulares, professores, organizações da sociedade civil e cidadãos têm prazo até 15 de março para fazê-lo. As contribuições podem ser individuais ou coletivas, sejam originárias das redes de ensino, de movimentos e organizações da sociedade civil ou de qualquer cidadão que queira colaborar. Também podem ter caráter geral ou tratar pontualmente de cada tema.
A Base Nacional Comum Curricular é uma das estratégias estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para melhorar a educação básica, que abrange a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio. De acordo com o PNE, a segunda versão da Base, preparada por uma equipe de especialistas a partir da consolidação das sugestões apresentadas, deve ser entregue ao Conselho Nacional de Educação (CNE) até junho de 2016.
Com informações do Consed