Na última quinta-feira (23), cerca de 180 mil estudantes iniciaram o Ano Letivo de 2023 nas escolas da REE (Rede Estadual de Ensino) presentes nas 79 cidades do Estado. Visando com que crianças, jovens e adultos se sentissem pertencentes ao espaço escolar desde o primeiro momento, as unidades de ensino promoveram acolhidas temáticas para dar as boas-vindas de forma descontraída.
Na Escola Estadual Lucia Martins Coelho, localizada no Bairro Jardim dos Estados, em Campo Grande, um grupo de 23 alunos acolhedores se reuniam virtualmente desde o final do ano passado para combinar como seria a recepção da Escola, sendo que na última quinzena estiveram focados na decoração do espaço escolar e organização das dinâmicas. O resultado, pode ser visto no pátio e salas de aula, sendo que cada uma delas representou um dos planetas, o que vai de encontro ao tema ‘Planetas e Satélites’ escolhido por eles através de votação.
“Estamos conversando desde meados de dezembro, passamos as férias envolvidos com essa ação. É um misto de emoções [ser uma das estudantes acolhedoras], porque como estou aqui desde o 1º ano do Ensino Médio, é legal conhecer e acolher os outros alunos”, disse Louise Morinigo, estudante do 3º ano da EE Lucia Martins Coelho.
Em seu primeiro dia de aula na EE Lucia Martins Coelho, Julia Gimenes, estudante do 1º ano do Ensino Médio ficou animada com a forma com que foi recebida. Moradora do bairro Oiti, ela alega que os diversos comentários de que a Escola oferta um ensino de qualidade chamou a sua atenção. “Pesquisei bastante sobre ela e pretendo terminar o Ensino Médio aqui. Moro longe, mas decidi vir para cá porque o ensino da Escola é bastante elogiado e já estou amando”, disse a estudante.
Sobre esse engajamento dos estudantes no acolhimento dos antigos colegas e dos novos jovens que iniciaram na Escola, a coordenadora pedagógica Neila Silveira de Oliveira vê com bons olhos ao dizer: “estamos aqui para que nossos estudantes sejam autônomos, então quando eles assumem esse acolhimento, estão atuando com independência; é uma ação boa para todos”.
Sobre a participação ativa dos estudantes, Ana Maria de Arruda Braga, diretora da Escola Estadual 2 de setembro, localizada em Ladário, disse: “temos estudantes protagonistas, que têm ideias e as querem colocar em prática. Foi bonito ver os estudantes chegando junto dos seus pais e eles [estudantes protagonistas] distribuindo os folders, explicando sobre a campanha; foi uma recepção de muita alegria porque os alunos estavam felizes e falavam ‘como eu estava com saudade da Escola! Queria muito voltar para a Escola!’”.
Na EE 2 de setembro, os seis estudantes acolhedores escolheram a temática ‘Fevereiro Roxo’, pois quiseram aproveitar a oportunidade para conscientizar os demais alunos, profissionais da Escola e comunidade escolar acerca do Lúpus, Alzheimer e Fibromialgia, bem como informá-los sobre a prevenção, diagnóstico e combate destas doenças crônicas.
O tema da acolhida, segundo a diretora da EE 2 de setembro, foi sugerido pelos próprios estudantes acolhedores porque “alguns estudantes mencionaram parentes que sofrem com as doenças e o fato de muitas pessoas sequer conhecem sobre doenças crônicas”, completou Ana Maria de Arruda Braga. Para tanto, os acolhedores além de terem fomentado a ideia e ajudado na decoração do espaço escolar, também produziram um folder da campanha, que foi entregue à comunidade.
Tendo a educação de qualidade como norteadora do trabalho nas escolas, Ana Andréa Dalloul, professora de Língua Inglesa e coordenadora de linguagens da EE Lucia Martins Coelho relembrou a importância da semana de formações que abriu o Calendário Escolar de 2023: “nós [professores, coordenadores, gestores e servidores administrativos] tivemos a Jornada Formativa de uma semana onde discutimos todos os pontos que precisávamos acertar para esse Ano Letivo de 2023, focado principalmente na Recomposição das Aprendizagens. A expectativa [para este Ano Letivo] é muito grande, pois assim como no ano passado, queremos finalizar festejando com os nossos alunos do 3º ano que serão aprovados nas universidades”.
Melhor Escola Cívico-Militar do Brasil
Na quinta-feira (23), também foi realizada uma cerimônia de boas-vindas aos novos e antigos estudantes da Escola Estadual Cívico-Militar Prof. Alberto Elpídio Ferreira Dias, conhecida como Prof. Tito, momento o qual homenageou-se os professores, demais membros da equipe pedagógica e de apoio, bombeiros militares envolvidos no projeto da Escola e as famílias dos alunos, que estavam presentes.
O secretário de Educação do Estado, Hélio Queiroz Daher, esteve na cerimônia e evidenciou o fato de que a EECM Prof. Tito é considerada a melhor Escola Cívico-Militar do Brasil, conduzindo um agradecimento especial às famílias dos estudantes.
“Nada daria certo se não tivéssemos aqui na comunidade, pessoas que acreditassem na escola, por isso, pedi ao diretor Francisco Rojas para fazer um agradecimento especial àqueles que acreditam tanto na nossa Escola e deixam seus filhos aqui com a gente, que são as famílias que acreditam na nossa Escola e depositam em nós uma confiança de tal forma, que entregam [seus filhos] de manhã e os pegam somente à tarde”, disse secretário Hélio Daher, fazendo menção ao Ensino em Tempo Integral ofertado na unidade de ensino.
A respeito do trabalho a ser realizado da EECM Prof. Tito, o supervisor escolar Waldemir Ribeiro disse que “a expectativa é das melhores, nossos estudantes estão muito entusiasmados com todos os projetos – Educação Profissional, Ensino Propedêutico – e nós estamos vindo de três anos de muitas conquistas, fomos considerados como a melhor Escola Cívico-Militar do Brasil, e isso traz um incentivo muito grande aos nossos estudantes”.
Escola Estadual Cívico-Militar Prof. Tito obteve o maior IPECIM (0,805) do Brasil. Realizado pelo MEC, pela Universidade de Brasília e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, o Índice do Programa das Escolas Cívico-Militares avalia o nível de adesão ao Programa nos seguintes objetivos estratégicos: Gestão Escolar, Ambiente Escolar, Práticas Pedagógicas, Aprendizado e Desempenho Escolar dos alunos.
Texto: Thaís Davis, SED