Dois projetos, sobre ressocialização e acessibilidade, foram vencedores, no âmbito nacional, do Prêmio Cineastas 360º
Campo Grande (MS) – Uma ideia amadurecida em reuniões comunitárias, através do projeto Periferia Viva-MEC, nascia, em 1984, a Escola Estadual Lino Villachá, no bairro Nova Lima, com apenas 05 salas. Com o crescimento e demanda, mais salas foram construídas, nestes 35 anos de existência, hoje, de acordo com o diretor Olívio Mangolim, são 14 salas, atendendo 1160 estudantes do Ensino Fundamental, Ensino Médio integrado ao Pronatec e Mediotec.
Com histórico de projetos voltados para comunidade, a E.E Lino Villachá, atualmente, fomenta diversos trabalhos, um dos projetos é o de Agroecológico, intitulado Hortear, onde nos 400 m² ociosos da Escola, foi construído em espaço de preservação natural, que oportuniza alunos e professores, refazer a relação ser humano/natureza, transformando local em plantio de hortaliças, leguminosas e árvores frutíferas.
Outros projetos importantes em andamento são: o de leitura “Aprende quem lê”, onde professores de Língua Portuguesa e Literatura, no intuito de despertar o interesse pela leitura, semanalmente, preparam leituras para toda comunidade escolar. Destaque, também, para Banda Marcial Lino Villachá, reconhecida no âmbito municipal e estadual, com diversas premiações.
Desporto merece destaque na Escola Villachá, com parceiros e patrocinadores, as modalidades de Basquetebol, Judô, Futsal, Tênis de Mesa e Xadrez, sempre estão atualizando a galeria de troféus da instituição. Recentemente outro projeto foi motivo de orgulho para comunidade escolar, a participação do Prêmio Cineastas 360°
Prêmio Cineastas 360º
Escolhida para representar a região Centro Oeste no Prêmio Cineastas 360°, da ONG Recode, com apoio da empresa Facebook Brasil, a E.E Lino Villachá teve dois documentários selecionados para concorrer ao prêmio nacional em Brasília, estudantes e orientadores estiveram na capital federal, nos dias 10 a 12 de junho e voltaram para Mato Grosso do Sul com primeiro lugar nas duas categorias.
O projeto Cineastas 360°, tem como intuito estimular alunos do Ensino Médio produzir documentários, de até 5 minutos, em realidade virtual 360°, sobre temas de impacto social e comunidade, “inicialmente selecionamos os alunos interessados, selecionamos 06 projetos, destes, 02 foram escolhidos, pela comunidade escolar e rede social, oportunidade fantástica aos estudantes e professores, foram 10 semanas intensas de produção”, enfatiza professora orientadora, Camila Sacconi Machado.
De acordo com a professora orientadora Roze Maclaine Paiva de Freitas Rodrigues, os 06 documentários concorrentes da Escola foram: sobre a comunidade indígena da aldeia Água Bonita; ressocialização de presidiários com o projeto “pintando e revitalizando a educação com liberdade”; projetos da comunidade escolar com a agroflorestal; documentário sobre o Sirpha – lar do idoso; sobre um estudante e sua trajetória no projeto Avante Nova Lima; e, também a história de uma aluna, que após sofrer acidente, mostra que o impacto paralisou parte de seu corpo, mas não de seus sonhos.
Documentários vencedores
Os vídeos vencedores em Brasília foram: de ressocialização de presidiários, produzido pelos alunos Guilherme Augusto de Jesus Gomes, Lucas Felix dos Santos e Ryan Soares Ferreira, e, também, o da categoria de acessibilidade, vídeo da história da aluna Brenda (prêmio especial de acessibilidade, pois no grupo estava composto com aluno surdo, com auxílio da intérprete Marilene de Lima Severino), produzido pelos alunos Carlos Magno da Silva, Lauanda Loren Souza Teixeira e Pedro Vinicius Gimenez.
“Minha preferência é cursar Direito, mas já estou pendendo para comunicação social, está sendo apaixonante poder fazer a diferença, através da mensagem, da notícia”, menciona Ryan Ferreira. Já, Pedro Vinicius fala que a oportunidade de utilização de equipamentos para produção de vídeos foi de extrema importância, “nos despertou, através da produção, engajamento, aumentar nosso conhecimento e despertar interesse na arte cênica”.
Hoje a comunidade escolar conta com kit de produção de vídeo, contendo celulares de alta tecnologia, óculos virtuais, fones de ouvido e câmera de 360°, “ estamos imensamente feliz com a participação e engajamento dos estudantes, pois, este projeto, permitiu que eles desenvolvessem um olhar mais crítico e humano para a comunidade, além de empoderá-los com uma nova tecnologia”, finaliza diretor Olívio Mangolin.