Campo Grande (MS) – Aconteceu na manhã desta quinta-feira (22) mais uma atividade do 3° ProlerTeen, que desenvolve oficinas de incentivo à leitura junto a estudantes do 6° ao 9° ano do ensino fundamental. A contadora de histórias e pedagoga Rosanne Dichoff Kasai, técnica da Secretaria de Educação (SED), desenvolveu a oficina “Itamar Baguá: O Menino Pantananeiro”, em que conta uma das histórias do gibi desenvolvido por ela no Grupo de Pesquisa, Estudos de Educação e Psicologia (Geppe) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), coordenado pela professora Sônia Urth.
A Oficina começou com a pedagoga Rosanne Dichoff Kasai agradecendo a todas as pessoas, amigos, parentes, colegas de trabalho, que colaboraram com o seu trabalho sobre o homem pantaneiro. Logo depois, seu sobrinho Murilo Dichoff, estudante de Música da UFMS, executou ao violão a Sinfonia do Homem Pantaneiro, de sua autoria. “Para compor a sinfonia inspirei na minha família, que é de Corumbá, na natureza de lá, com as lembranças dos meus tios tocando”.
Logo depois foi realizada uma Dinâmica Cantada, com o auxílio das técnicas pedagógicas da Secretaria de Estado de Educação (SED), Anelise Peralta e Letícia Recalde. As técnicas faziam perguntas à plateia, que dava as respostas cantando. As perguntas e as respostas eram projetadas numa tela para todos poderem acompanhar. A dinâmica refletiu a importância de ser escritor, as experiências e dificuldades que a autora Rosanne enfrentou ao escrever o trabalho, com perguntas e respostas que contam as experiências de ser contadora de histórias.
Rosane contou que começou seus trabalhos sobre o homem pantaneiro em 2010, com o foco em artesanato e arte. “Quando fui pesquisar em Corumbá, fiquei na casa de um tio meu, que me contou sua vida e suas histórias. Estudando o homem pantaneiro surgiu o menino, personagem do gibi. É baseado em histórias reais contadas pelo meu tio Iramar”.
Rosanne explica que no gibi seu tio Iramar é um menino, tem 12 anos. Na oficina ela contou uma das histórias – com gibi projetado na tela – que se trata de uma pescaria com Iramar e outros meninos. Iramar pescou um jacaré, soltou-o e depois pescou um lambari, que usou como isca para pegar um pintado. Ele explica para os demais meninos os tipos de peixe que pertencem ao Pantanal. Iramar levou o pintado para sua mãe cozinhar e todos os amigos comeram. O gibi tem ilustrações de Marcos Borges. Ainda não tem prazo para ser lançado em versão impressa.
Depois de contar a história, foi tocado o berrante como símbolo do Pantanal. Rosane falou aos estudantes presentes que persistam em escrever em criar. “O meu objetivo aqui é fazer com que vocês leiam muito e escrevam mais e mais e para que tenham a consciência da maravilha que é nosso Pantanal e que devemos preservá-lo”.
Fonte: Fundação de Cultura