Cada uma das áreas envolvidas, desenvolveu projetos que aglutinaram todos os estudantes de todas as turmas, precisassem eles, ou não, de recuperação. A ideia era um ajudando o outro.
Campo Grande (MS) – Escola Estadual Dona Consuelo Müller, que oferta ensino em tempo integral, através do Programa “Escola da Autoria”, em Campo Grande, realizou a primeira edição do 1° Festival da Cultura e Conhecimento.
Com o retorno às aulas ocorrido no dia 02 de agosto, no sistema escalonado, pode-se observar de perto a defasagem de aprendizado demonstrada por nossos estudantes. Mesmo aqueles do terceiro ano, que conviveram com o modelo de escola da autoria ao longo do ano de 2019 e início de 2020, apresentaram fragilidades. O que dizer, então, dos estudantes do primeiro e segundo anos que não tiveram durante um ano e meio contato mais próximo, mais aconchegante, com a escola?
Parada obrigatória
Preocupados com as lacunas observadas, a gestão escolar e a coordenação pedagógica da escola propuseram que um novo processo de recuperação (de conhecimento, propriamente dito) fosse estruturado na escola, uma vez que, a partir das orientações recebidas por parte da Secretaria de Estado de Educação.
Em uma das reuniões de alinhamento pedagógico surgiu a ideia de realizar uma “parada obrigatória” para esse fim e foi proposto que o início do quarto bimestre (mês de outubro) a escola realizaria essa ação.
Com a retomada das aulas para todos os estudantes a partir do dia 04 de outubro, o projeto de recuperação ganhou corpo. Ficou resolvido que a data de culminância do projeto seria o dia 22, uma sexta-feira.
Áreas de conhecimento
De acordo com o Referencial Teórico, proposto pela Secretaria de Estado de Educação, com base na Base Nacional Comum Curricular – BNCC, os professores dividiram-se em quatro grandes grupos de acordo com as áreas de conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
Cada uma dessas áreas, desenvolveu projetos que aglutinaram todos os estudantes de todas as turmas, precisassem eles, ou não, de recuperação. A ideia era um ajudando o outro.
Temas importantes, tais como a Cultura Sul-mato-grossense, o “Outubro Rosa”, a violência contra a mulher, o desenvolvimento das ciências, o aproveitamento de fontes de energia limpas, alternativas para uma alimentação saudável, a importância da matemática no cotidiano, foram abraçados e desenvolvidos pelos estudantes na forma de escultura, dança, desenho, pintura, canto, mini palestras, murais, experimentos e maquetes, jogos de erros e acertos, “torta na cara”.
“Certamente a sexta-feira, dia 22 de outubro, foi muito proveitosa, onde talentos foram destacados, sonhos foram descortinados e reforçados e, principalmente, ficou mais arraigado o protagonismo de nossos estudantes que puderam confirmar para si mesmos que o trabalho poderá ser árduo, mas a recompensa sempre vale a pena”, finalizou diretora Ivonete Melo de Carvalho.