Atividades práticas foram propostas por aproximar os alunos do conhecimento teórico
Na segunda quinzena de maio, os estudantes dos Ensinos Fundamental e da EJA (Educação de Jovens e Adultos) da Escola Estadual Presidente Tancredo Neves, localizada em Dourados, realizaram atividades práticas as quais tiveram como objetivo aproximá-los do conhecimento teórico. Abaixo, confira o que foi desenvolvido na unidade de ensino:
Aprendendo a técnica de gravura de origem chinesa
Em 17 de maio, os estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental produziram xilogravuras utilizando EVA, tinta guache e papel sulfite. Sob orientação do professor de Arte Marcelo Prestes, anteriormente foi realizada uma aula teórica, momento em que foi explicada a técnica de gravura de origem chinesa, o seu significado cultural e a razão pela qual ela foi criada.
Na aula prática, o professor disponibilizou algumas gravuras para que os alunos escolhessem uma delas para replicar através da xilogravura, que diferente da técnica original, foi feita com materiais de fácil acesso, substituindo a madeira para a transferência das imagens. Ao final, foi reservado um momento para que cada estudante apresentasse o resultado da sua produção aos demais colegas.
“Considerada uma expressão que ocupa um lugar de destaque na arte e por possuir um papel significativo na compreensão e no diálogo entre arte, educação e cultura popular, a produção de xilogravuras na Escola serve de laboratório para unir as experiências práticas ao ensino da Arte”, disse o professor Marcelo Prestes sobre a relevância da aula realizada.
Os saberes indígenas na produção de repelentes naturais
Entre os dias 15 a 19 de maio, os estudantes do Módulo final III da EJA realizaram algumas atividades voltadas ao combate do mosquito Aedes Aegypti, a qual se destaca a confecção do repelente natural, atividade que teve como objetivo a produção dessa substância de modo a resgatar a cultura sul-mato-grossense através dos saberes indígenas.
Orientados pelos professores de Ciências da Natureza e Matemática Ana Paula Langaro, Ana Paula Vieira da Silva, Luiz Alberto Lima de França e Reinilda Thomazini, o projeto iniciou com uma aula expositiva sobre as doenças causadas pelo Aedes Aegypti e, na sequência, os estudantes realizaram uma pesquisa sobre quais plantas e especiarias os indígenas utilizam para repelir insetos.
Visando conscientizar a comunidade escolar, cartazes foram produzidos e fixados no pátio da Escola, os quais continham explicações acerca do que são os repelentes naturais, qual a sua importância, quais plantas e especiarias repelem os mosquitos – as quais podem-se mencionar a citronela, o capim-limão, a lavanda, o alecrim e o cravo-da-índia, resultados obtidos na pesquisa.
Conforme explicado pela professora Ana Paula Langaro, o repelente natural foi confeccionado com um litro de álcool e cravo-da-índia, que após ficar curtindo por sete dias, teve os cravos coados e a substância resultante distribuída em frascos. Ao final, os estudantes levaram para casa uma quantia do que produziram coletivamente. “Foram momentos produtivos porque os estudantes se dedicaram no desenvolvimento de todas as etapas do projeto interdisciplinar que envolveu a pesquisa, a experimentação e a arte”, disse a docente Langaro.
Texto: Thaís Davis, SED
Fotos: Acervo da EE Pres. Tancredo Neves